Esta história começa no dia 10 Maio de 2005, quando de repente e a meio de uma reunião decidi que iria a Fátima dali a dois dias, fazia 5 anos que lá tinha estado a ultima vez e tinha tido o privilégio de ver o Santo Padre João Paulo II, agora que ele tinha “partido” para a “Casa do Pai”, era uma boa forma de o homenagear à minha maneira.
Uma série de questões saltaram na minha mente: Como vou? Onde fico? Com quem vou? Tinha que lhes dar resposta urgentemente, o tempo fugia à minha frente…
Fui então para a internet procurar sítios para dormir e horários de transportes. De uma lista de uns vinte locais de estadia, a resposta era sempre, “não temos nada e vai ser difícil”, faltava apenas telefonar para um local, e por incrível que possa parecer a dois dias da peregrinação alguém desistiu de ir e eu tive uma vaga. Visto ser complicado arranjar alojamento para mais gente, fui sozinha, pensando que nunca em ocasião alguma iria sentir-se só, estava nos “braços da Mãe do Céu” e era uma óptima companhia.
Escusado será dizer que foi a peregrinação mais sentida que fiz até hoje. Agradeci a Deus cada minuto passado na Sua companhia, e percebi que tinha algo para fazer naquele espaço onde o “Céu tocou a Terra”. Tenho que vir para cá fazer alguma coisa para que as pessoas percebam o quanto é grande o Amor de Deus e de Maria. Mas pensei, e agora sei que erradamente, que ninguém teria tempo para me atender e explicar o que poderia fazer, porque havia muita gente no Santuário. Voltei em Junho, em Outubro e em Novembro, sempre a 12 e 13, sempre com muita gente e sem perceber muito bem onde deveria ir perguntar como passar de peregrina a voluntária ao serviço de Nossa Senhora.
Depois de todas estas experiências passei a consultar várias vezes o site do Santuário, as saudades de Nossa Senhora eram muitas e algo me chamava para lá… Tinha cada vez mais a certeza que Alguém acima de mim me chamava para lá…
Até que os meus olhos encontram o espaço Acolhimento/Informações no site, e aí o campo Voluntariado, ao clicar, surge a questão “Queres ser voluntário(a) no Santuário de Fátima?”, depois da explicação do serviço que é possível prestar, lá estava a tão desejada (por mim) ficha de inscrição.
Engraçado, numa fase em que se discute que o uso excessivo da internet poderá ser considerado pecado, Deus chama-me e fala-me através dela. Achei a proposta aliciante e algo que ia directo ao que eu pretendia fazer, acolher os peregrinos por e em nome de Nossa Senhora, mostrando-lhes o quanto o Amor de Seu Filho é grande.
Depois de preenchida a ficha, enviei-a com o coração a transbordar de esperança de que a resposta fosse breve, e mais uma vez Deus não me desiludiu, foram poucos os dias até à noticia de que iria haver um curso para novos acolhedores em Março, faltavam apenas umas semanas para que eu fizesse parte dos Acolhedores do Santuário. Estávamos na primeira semana de Fevereiro dali a alguns dias a Irmã Lúcia seria trasladada para Fátima, um ano depois da sua ida para o Céu, fui para o Santuário ainda como peregrina acolher aquela que tinha sido uma das primeiras acolhedoras de Fátima, ao acolher Nossa Senhora e a mensagem que Ela trazia. Fui conhecer o serviço e dar a certeza que iria em Março frequentar o curso.
Finalmente Março chegou e mais uma vez, como ao longo da minha vida, Deus resolver pôr-me á prova e na hora em que ia sair da minha terra rumo a Fátima tive a noticia de que uma das minhas melhores amigas estava internada e corria risco de vida, mas Nossa Senhora chamava por mim e eu ao pé Dela, faria mais pela minha amiga. Fui para Fátima com o coração pequenino de tristeza mas com a certeza de que a Mãe do Céu não me decepcionaria.
Cheguei a Fátima duas horas antes do início do curso e fui para junto de Nossa Senhora falar-lhe da minha amiga. Parti para o curso confiante. Foi um fim-de-semana magnífico, onde aprendi a regra fundamental para o acolhimento: "Acolher Deus no coração e deixar o Espírito Santo ´trabalhar´ em nós".
Voltei de Fátima com uma enorme vontade de pôr em pratica o que tinha aprendido e com a minha amiga em franca recuperação.
Continuei a “navegar” na net e no site do Santuário, e foi nessas “viagens” que encontrei a possibilidade de voltar a Fátima, um congresso sobre Aljustrel. Tive assim o privilégio de aprender mais sobre o outro “pulmão” do santuário e de acolher peregrinos no serviço de Acolhimento/Informações.
Foi uma experiência única, nunca nada me tinha confortado tanto o coração como esta tarefa, não há palavras que possam transmitir os sentimentos que nos invadem ao acolher neste local onde a “presença de Deus e de Maria são uma constante”.
O ambiente de trabalho é excelente, senti-me acolhida desde o primeiro minuto, quer pelas “colegas” de serviço, quer pelos peregrinos e a recompensa é maravilhosa quando Nossa Senhora “nos sorri” no sorriso e no agradecimento dos peregrinos.
Voltei em Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro... E voltarei sempre que Nossa Senhora “chamar por mim”.
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